segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A poesia de Guilhermina Valente no Peperoncini











Guilermina, de tão feminina,
Tudo que vem de ti germina.
Sementes do teu coração se multiplicam,
Semeiam, frutificam... Viram pão e vinho
Numa ceia de fé e carinho;
Nos ajudam a afastar Judas
Do nosso caminho.
Vendo tua alma transparente
Penso que sou também valente.
Sente prazer ao ter Penna,
E esse poder é só dela.
Acha bom, quando a faz pequena
E lhe tira o batom...
Docemente genuína, sensível,
Divinamente serena...
Será que Guilhermina
É uma daquelas mulheres de Atenas?

                   José Carlos Rison



 
(...)“Dóia”,  cuidadosa enfermeira, Sempre de plantão!
A mim, nunca a mais bonita,
Mas com lugar especial em seu coração!
Ricardo, seu seguidor, sempre pronto a te ouvir,
Mesmo não sendo a hora de executar!
Renato, o mestre do sorriso fácil!
Sempre te fazia rir, que bom humor.
O filho ajudador que sempre esteve perto.
Renan, o indomável, mas filho obediente, habilidoso,
E você sempre admirou duas habilidades!
E a Eliana?
Cabeça sempre erguida! Orgulho da raça!
Filha sempre amiga, cuidadosa.
Talvez a filha que mais o visitou...
Como a invejo por isso!
Então... como na novela...
“Éramos seis”!(...)






Nossa! Como cultura faz bem!!!
Emocionante o Registro Cultural da Poetisa Guilhermina Valente no Peperoncini, 16 de setembro.
A autora, que considera a sua poesia intimista, por relatar fatos da própria vida, diz que residem aí as suas dificuldades de mostrar o seu trabalho abertamente e de, até mesmo, se considerar poeta.
Eu, reles mortal, já acho que talvez esteja na dita intimidade o ‘q’ de especial em sua obra: a humanidade! Ainda mais nesses tempos cibernéticos. A vida primeira retornando através da arte. Voltam à cena principal o pai, a mãe, os filhos, a neta, o amor pelo marido, a Fé...
O que a poetisa chama de manuscritos particulares, fala de vivências concretas, de gente que existe, de carne e osso, como todos o somos. Só uma sensível como a Guilhermina para nos trazer de volta a nós mesmos.
É claro que cada um tem sua vida em particular, com vivências ímpares ou não, porém não é isso que faz poetas, pois que poesia é a maneira de dizer. E o jeito com o qual a Guilhermina diz suas vivências, nos remete às nossas.
Vou citar como exemplo, a poesia que fez para o pai dela (trecho  inicial), dita, na bela oportunidade, pelo dizedor Cláudio Valente; naquele momento o pai da autora foi o pai de todos os presentes, e o poema fez emocionar quem era e quem não era da família.
Guilhermina, através do que escreveu para o seu pai, matei saudades do meu. Sua poesia é poderosa.
Embora as suas inspirações venham de coisas simples e particulares do dia a dia, a sua maneira de dizê-las dá a elas a cobiçada universalidade. Precisados que somos de viver toda a sua obra, dizemos que não é justo privar o mundo dessas emoções.
Já imaginou as vidas das pessoas presentes àquele evento, inocentes, por exemplo, a um de seus mais conhecidos poemas, “Basta Tocar”, dito por Euclymária?





 
BASTA TOCAR

Corpos despertos, almas em Delírio!
Mágicas mãos, de afagos sussurrados...
Cheiro doce de mel que vem do seu desejo...
Te beijo...
E acordo em mim,
Fêmea e felina
Meio anjo-mulher!
Meio menina.
Te quero!
Te quero meu... te quero louco!
E é pouco, pois te quero inteiro,
Seu toque, seu suor, seu cheiro,
Eu fico a imaginar...
Tudo é tão gostoso e basta só tocar!
E os sentidos,
Músicos de uma orquestra rara,
Despertos e atentos... a tocar, a tocar!@
É tudo luz, amor, magia encantamento!
E a vida se faz mágica!
Basta só tocar...

                                      Guilhermina Valente.




























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